quarta-feira, 8 de maio de 2013

ABSURDO COM O DINHEIRO PUBLICO


Deputados vão ter aula para usar tablets

Curso será ministrado em dois dias, na semana que vem

Prestes a receberem os tablets que vão integrar o novo sistema de acompanhamento de pautas e votações na Assembleia Legislativa, os 30 deputados estaduais terão aulas para saber manusear os equipamentos. A previsão é de que os tablets estejam no plenário, em fase experimental, na segunda-feira. Os parlamentares também vão poder levar os equipamentos para casa.

O uso dos aparelhos e o treinamento dos parlamentares já estão previstos no valor de contrato do novo painel eletrônico da Casa, que passou a funcionar na sessão de ontem: são R$ 233,6 mil por ano. No mercado, cada tablet é comercializado pelo valor médio de R$ 1,3 mil.

“A preocupação é de que os deputados saibam usar a nova ferramenta. O uso do tablet não exige conhecimento aprofundado em informática, afinal até uma criança de cinco anos sabe manusear isso. A ideia é que, com os aparelhos, os deputados acessem documentos, transfiram arquivos e acompanhem mais de perto a pauta”, explicou Luciano Rocha, coordenador de tecnologia do plenário da Assembleia.

Rocha será o responsável por ministrar as aulas aos deputados. A previsão é que o treinamento aconteça nos dias 16 e 17 deste mês, ainda durante o período de testes da nova tecnologia, no dia a dia das sessões. “Os tablets já estão na Casa, e a empresa que ganhou a licitação está fazendo os últimos ajustes nos softwares”, informou o coordenador.

Para garantir que os parlamentares tenham acesso à pauta e a outros documentos da Assembleia diretamente das plataformas manuais, a Casa já contratou uma operadora de telefonia para, no período de um ano, garantir velocidade de 5GB na internet em cada um dos terminais, ao custo anual de R$ 16,8 mil. No plenário estará disponível internet sem fio.

Uso pessoal

Apesar de, num primeiro momento, a Assembleia ter divulgado que o uso dos aparelhos seria restrito aos horários de sessão, a Mesa Diretora decidiu liberar os deputados para usar os tablets nos gabinetes e para levá-los para casa.

“Os deputados poderão levar os equipamentos para casa, mas terão que trazer de volta na sessão seguinte. Eles serão responsáveis pela guarda e uso e responderão por qualquer dano ou perda”, frisou o presidente Theodorico Ferraço (DEM).

Por meio das novas ferramentas, os deputados terão acesso ao expediente da Casa, a pautas das sessões e ao andamento de processos internos. “Vamos ensiná-los como utilizar plenamente todos os recursos”, frisou Rocha.

Governo age para indicar conselheiro
Durante um aparte ao discurso do republicano Gilsinho Lopes, ontem à tarde, na Assembleia Legislativa, o deputado José Esmeraldo (PR) sinalizou que as articulações para a substituição do conselheiro Marcos Madureira no Tribunal de Contas do Estado (TCES) já estão em andamento. Madureira completa 70 anos no próximo dia 29 e, por isso, deverá se aposentar. A vaga é de indicação da Assembleia.
“Estou vendo a fumacinha branca vindo lá de fora. Daqui a pouco o governo manda o líder vir aqui só recolher assinaturas. Dia 29 está chegando”, frisou Esmeraldo, citando a fumaça branca do Vaticano, que anuncia o consenso por um nome para papa.
Depois do discurso, o deputado admitiu que se referia ao chefe da Casa Civil, Luiz Ciciliotti, que tem o nome ventilado para o cargo de conselheiro. “Estão tentando empurrar um nome. Mas temos que ser consultados. Não pode haver imposição”, destacou.
Acordo não cumprido gera críticas
Um suposto descumprimento de acordo por parte do governador Renato Casagrande (PSB) o pôs novamente na posição de alvo de críticas no plenário da Assembleia Legislativa. Euclério Sampaio (PDT), Gilsinho Lopes (PR) e José Esmeraldo (PR) acusam o socialista de ter empenhado a palavra quanto a uma emenda para promoção de policiais civis e, posteriormente, não ter feito o que havia prometido.
Os deputados tentam incluir à promoção automática na carreira da Policia Civil 369 nomes de servidores, afastados por motivo de saúde grave ou acometidos de doenças ocupacionais.
“Esperávamos a emenda com tranquilidade, conforme foi conversado com o governador, mas hoje o Aminthas Loureiro (secretário de Recursos Humanos) me disse que não vai acrescentá-la. Nos tratam com desrespeito”, discursou Gilsinho.
Euclério, exaltado, disse que não confia mais em Casagrande. “Ele perdeu o controle do Estado. Não dá pra confiar”. Ao passo que Esmeraldo considerou o episódio “inadmissível”.
O líder do governo, Sérgio Borges (PMDB), não desmentiu o acordo e disse que o Executivo estuda o impacto financeiro da emenda e adiou a votação.

Fonte: A Gazeta

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