segunda-feira, 6 de maio de 2013

Amamentação: um ato de amor e solidariedade que ajuda a salvar vidas



A importância que o leite materno representa para a vida de uma pessoa é, sem dúvidas, muito significante para um bom crescimento e desenvolvimento, prevenindo e evitando diversas doenças.
Segundo a coordenadora do Banco do Leite de Campos, Samyra Paes Salomão, a amamentação traz vantagens não só para o bebê, mas para a mãe e também para a família.
“O leite materno é bom para o desenvolvimento mental do bebê, o desenvolvimento da fala, porque é um alimento completo. Nenhum alimento industrializado possui nutrientes tão importantes, como as imunoglobulinas, que são importantes para a defesa contra doenças. Para as mães, porque amamentando exclusivamente o bebê, voltam ao peso mais rápido, perdendo 500 calorias por dia, diminui o risco de osteoporose, câncer de mama e de útero. Para a família é uma economia, por ser prático e já estar pronto, com o bebê saudável, o custo com remédios é menor, sem falar do grande vínculo entre o bebê e a mãe transmitindo amor, gerando menor índice de criminalidade, existem estudos que mostram isso”, disse Samyra. 
A coordenadora explicou que, a amamentação deve ser exclusiva por seis meses, e somente após esse tempo, deve-se começar a complementar a alimentação do bebê com outros alimentos, podendo a amamentação se estender por dois anos ou mais.
A criança que não foi amamentada durante o início de sua vida desenvolve com mais frequência infecções respiratórias, gastrointestinais e urinárias. O leite materno protege ainda contra outras várias doenças como diabetes infantil, obesidade, desnutrição, colesterol alto, hipertensão arterial, otites, entre outras. 
Sobre a importância dos nutrientes que compõe o leite materno, Samyra revelou: “O leite materno contém proteínas que tornam a digestão bem mais fácil que o leite de vaca, a absorção de vitaminas e sais minerais é maior do que no leite de vaca e na fórmula infantil e os fatores de proteção e crescimento estão ausentes nesses outros alimentos, entre outros”.
De acordo com a coordenadora a produção excessiva pode ocasionar o empedramento do leite materno. “A mãe pode tirá-lo manualmente ou com bombinha. Mas pedimos para nos procurar no Banco de Leite, para corrigir, a posição do bebê e a forma que ele pega no peito para mamar. Essas orientações são muito importantes”, ressaltou a coordenadora.
Existem aqueles bebês que insistem em mamar em um peito só. Nesse caso, segundo Samyra, como o contato estimula a produção, as duas mamas precisam ser esvaziadas. “Se o bebê não suga o outro seio, a gente tem técnicas para orientar essas mães”, disse completando que se ele mamou em determinada mama, no próximo horário deverá ser colocado para se alimentar no outra.
BANCO DE LEITE NECESSITA DE DOAÇÕESSegundo Samyra, apesar da procura por doações ter aumentado, o número ainda não é suficiente para atender a demanda. Atualmente, o Banco de Leite recebe cerca de seis a dez litros de leite por dia, quando a necessidade é de dez litros por dia para suprir essa pendência.
“Esse número estava menor. Mas precisamos da conscientização das mães. Quanto mais elas doam, mais elas produzem e, com isso, ajudam a salvar vidas de outros bebês”.
A coordenadora frisou que, a campanha lançada na televisão entre o final do mês de março e início de abril, onde a atriz Maria Paula chama a atenção da população para a doação, ajudou a interferir no aumento pela procura.
“Foi importante, porque além de divulgar a doação, serviu para muitas pessoas terem o conhecimento da existência do Banco de Leite e estarem cientes da importância desse trabalho”.
No mês de maio, do dia 19 ao dia 25, é comemorada a Semana Estadual de Doação do Leite Materno, e em Campos, vários eventos serão realizados. No dia 19, haverá distribuição de adesivos e panfletagem com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação, no Jardim São Benedito. Incluído também na programação, está o treinamento de 120 agentes receberão treinamento sobre a importância do aleitamento materno e índices excedentes.
Para se tornar uma doadora é bem simples. Basta ir até o Banco de Leite, onde será realizado o cadastro, onde a doadora precisará apresentar exames negativos para HIV e Sífilis. Após esse primeiro passo, ela receberá todas as orientações para coleta no Banco, ou em sua própria casa como a higienização da mama e das mãos, uso de touca e máscara, além de desprezar o primeiro jato de leite. Caso opte retirar o leite em sua residência, ela fará contato com o Banco que enviará um carro para pegar o material, que deverá ficar em um prazo de no máximo dez dias no congelador. 
O Banco de Leite funciona no Hospital Plantadores de Cana, todos os dias da semana, das 7h às 18h, sendo na sexta-feira até às 17h.
Fonte: Ururau




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