quarta-feira, 22 de maio de 2013

Demissões no Superporto do Açu continuam


As demissões no Superporto do Açu, empreendimento do megaempresário Eike Batista no litoral de São João da Barra, continuam. O presidente do sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campos, José Carlos Eulálio, afirmou hoje (21) que embora a entidade não tenha recebido nenhum comunicado oficial, ele foi informado de que, da semana passada até a última segunda-feira, mais de 200 funcionários teriam sido dispensados pela OSX, que responde pela construção do estaleiro. De acordo com Eulálio, outra situação preocupante diz respeito aos trabalhadores da Acciona. Eles teriam sido informados nesta terça que serão demitidos. “A informação que a gente tem é de que a OSX exigiu a demissão de 1.000 dos 1.600 trabalhadores que foram colocados à disposição”, afirmou ele. Eulálio não soube informar se houve demissões na LLX e a assessoria desta negou que tenha ocorrido dispensa.

Em oito de maio último, um dia depois de tornar pública a decisão de suspender o contrato de prestação de serviços com a OSX Construção Naval, no Superporto do Açu, a Acciona reuniu, no campo do Goytacaz, todos os seus colaboradores de mão de obra direta no projeto para informar sobre a decisão de manter os contratos de trabalho e que agora correm o risco de serem rompidos, caso ela acate a exigência da OSX. Na ocasião, a empresa enviou nota afirmando: “Em respeito aos seus colaboradores, a empresa presta os esclarecimentos necessários para tranquilizá-los neste momento. A empresa se compromete a continuar a informá-los à medida que surjam novos fatos sobre a situação”, afirmou a nota. Houve reunião no mesmo local.

Segundo José Eulálio, mesmo que os contratos não tenham completado ainda um ano — depois desse período, rescisões só podem ser feitas no Ministério do Trabalho —, as empresas teriam que comunicar ao ministério, por conta do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão que regula a estatística sobre o mercado de trabalho de todo o país. “Só aceitaremos se as demissões ocorrerem de forma gradativa, com até 40 trabalhadores a cada 15 dias”, afirmou o líder sindical, admitindo preocupação com a situação dos trabalhadores no Açu e lembrando que a Acciona tem subcontratadas que provavelmente também vão demitir funcionários. “Elas não terão caixa para manter os funcionários, se não receberem”.

No início do mês, outros 150 trabalhadores também foram demitidos.

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