quinta-feira, 6 de junho de 2013

A restauração e conservação da Mata Atlântica está nas mãos de 13 Municípios do Noroeste Fluminense

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A região noroeste fluminense, que reúne 13 municípios, e tem uma das áreas de Mata Atlântica mais devastada do estado, vai ganhar seis unidades de municipais de Conservação (São Fidélis, Porciúncula, Cambuci, Aperibé e duas em Natividade). Os decretos de criação das unidades foram assinados dia 03/06  em cerimônia que reuniu os prefeitos e o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
“foram criadas aqui seis unidades de conservação que totalizam quase 20 mil hectares, na região mais desmatada do Estado. Porque o nosso objetivo não é parar o desmatamento, isso a gente praticamente já parou. A gente quer dobrar a Mata Atlântica, e a gente quer incentivar mais exatamente na área que tem mais desmatamento que é o noroeste fluminense”, disse o secretário.
Juntas, as unidades vão somar 19.584 hectares, protegendo 295 nascentes e cinco espécies ameaçadas de extinção: jacutinga, chuá, tatu-bola, macaco-prego e sagui-da-serra-escura. Mais três unidades estão previstas para os municípios de Santo Antônio de Pádua, Itaocara e Bom Jesus de Itabapoana.
A presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, também presente à cerimônia, informou que o governo do estado se comprometeu a plantar 24 milhões de mudas, com prioridade para áreas devastadas na região Noroeste. “É uma região que foi muito devastada, que sofre com inundações frequentes, degradação ambiental frequente, é muito importante nós recuperarmos parte dessa cobertura florestal que foi perdida, dando àquela região uma condição de biodiversidade melhor”, declarou.
Para o secretário do Ambiente de São Fidélis, Leandro Peixoto, os municípios do noroeste e dois da região norte se uniram para fazer projetos relacionados ao meio ambiente e pedir ajuda ao Governo do Estado.
“Os planos municipais visam à restauração e conservação da área de Mata Atlântica, no âmbito do noroeste, visto uma necessidade de recuperação da área, devido à outrora, com a erradicação dos cafezais e a implantação da agropecuária de forma extensiva, sem um planejamento adequado, ter devastada toda a vegetação. Então, estamos recuperando isso, como forma de manutenção da biodiversidade, dos recursos hídricos da conservação da condição de oxigênio, inclusive que isso aconteça e nos abasteça nessa geração e nas gerações futuras”, disse.
A diretora de projetos e da rede das águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, avalia que as ações dos municípios para a recuperação das áreas devastadas é um avanço em meio ao retrocesso que a legislação ambiental tem sofrido.
“Principalmente os planos municipais da Mata Atlântica, que são aqueles que vão tratar do ordenamento territorial, que vão colocar em prática, tirar do papel a lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006), são vistos para nós como um antídoto contra o retrocesso que a mudança no Código Florestal Brasileiro trouxe para a conservação ambiental”, ressaltou.
Agência Brasil

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