quarta-feira, 12 de junho de 2013

Amigos lembram histórias de Dicró no Piscinão de Ramos, que levará nome do sambista

César Dicró, filho do sambista Dicró, imita posição que consagrou o pai, no Piscinão de Ramos
César Dicró, filho do sambista Dicró, imita posição que consagrou o pai, no Piscinão de Ramos Foto: Fabiano Rocha / Extra


O Piscinão de Ramos só não era a casa da sogra porque sempre foi o quintal do sambista Carlos Roberto de Oliveira. E, agora, para o "desespero" das mães da noiva, o point da Zona Norte ganhou o nome de Dicró, conforme decreto publicado no Diário Oficial.
Nesta terça-feira, ao lado do Quiosque do Dicró, uma garota de programa com um fio dental minúsculo rebolava ao som de um funk para três senhores, que bebiam cerveja. Apesar do batidão, bem no estilo Dicró, compositor da música "Praia de Ramos": "Domingo de sol, adivinha pra onde nós vamos? Aluguei um caminhão, vou levar a família na Praia de Ramos".
Sandra Regina , Bianca Guimarães e Kiara Araujo curtem o sol no Piscinão de Ramos
Sandra Regina , Bianca Guimarães e Kiara Araujo curtem o sol no Piscinão de Ramos Foto: Fabiano Rocha / Extra
A festa não era só no fim de semana. Todo dia era dia para Dicró mandar ver na cerveja e na cachaça nos quiosques em volta do Piscinão.
E lá, onde "cada mergulho é um flash", expressão popularizada pela personagem Odete, interpretada pela falecida atriz Mara Manzan, na novela "O Clone", o que não falta são amigos e histórias sobre Dicró.
— Era impossível ficar perto dele e não rir. Quando chego aqui, imagino que o Dicró vai aparecer a qualquer momento, de braços abertos — diz o aposentado Kléber Cibelli, de 60 anos.
Hélio da Conceição costumava beber cachaça e pescar com o sambista
Hélio da Conceição costumava beber cachaça e pescar com o sambista Foto: Fabiano Rocha / Extra
Hélio da Conceição, de 68, costumava pescar com Dicró na Baía de Guanabara.
— E a gente sempre levava uma cachaça — diverte-se.
Entre umas e outras, o aposentado Ronaldo Ferreira, de 60 anos, conhecido como Delegado, diz que costumava beber com o sambista. E, enquanto bebiam, olhavam as mulheres que passavam pelo Piscinão.
— Era uma época muito boa. Saudade daquele tempo e por isso estou tomando essa em homenagem ao meu eterno amigo — comenta.
Banhistas aproveitam o sol no piscinão que levará o nome de Dicró
Banhistas aproveitam o sol no piscinão que levará o nome de Dicró Foto: Fabiano Rocha / Extra
Marcelo Oliveira, de 65, que costumava beber refrigerante com cachaça com Dicró, lembra que o sambista o ligou para fazer um convite: queria que ele aparecesse com a família para a gravação de um DVD, há dois anos, porque fazia de que o Piscinão estivesse lotado.
— O meu pai nunca vai morrer para as pessoas. A memória dele vai estar sempre viva — suspira o filho César Dicró, com os braços abertos, imitando, no Piscinão do Dicró, a pose que consagrou o pai, rei da malandragem local.



1 comentário:

  1. luiz carlos , grande abraço meu querido amigo, elizabeth filha da india sg!

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