segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cuidados diários com a saúde são fundamentais para evitar um AVC



A cada seis minutos uma pessoa morre de Acidente Vascular Cerebral
 (AVC) no Brasil, é com este dado alarmante que o Site Ururau
começa a matéria sobre prevenção e tratamento da doença.
De acordo com o cardiologista, Félix Chalita, a faixa etária mais
 atingida pela doença é acima dos 50 anos, mas também existem
 casos de pessoas mais jovens que sofrem o acidente vascular.
A doença atinge 12% da população brasileira. Já as doenças
cardiovasculares - cérebro e coração - representam 32% das
 mortes mundiais.
“O AVC é uma patologia em que existe um déficit de sangue
 em uma área cerebral, essa diminuição acontece ou por obstrução
 numa artéria causada por uma embolia, uma trombose ou então
por um aneurisma, levando assim a ter esse déficit nessa zona cerebral”, disse.
Dependendo do grau que esse acidentes vascular atinge o
cérebro a pessoa pode ir a óbito ou ficar com sequelas.
“Cada área cerebral tem a sua importância e representatividade
 no organismo, para movimentar um braço ou uma perna.
 Havendo essa diminuição de sangue nessa área cerebral
no lado direito, por exemplo, a redução de força afeta o
 lado esquerdo. Outras sequelas são alteração na fala, alteração também no nível de consciência”, explicou.
O especialista explica ainda que o AVC representa um
 dano vascular, com o envelhecimento humano as artérias
 também ficam envelhecidas. Algumas patologias como
diabetes e pressão alta, ajudam a agravar a situação.
“Nas pessoas de faixa etária entre 20 e 40 anos, são comuns
 AVCs causadas por aneurisma cerebral com origem mais
congênita com o enfraquecimento das paredes arteriais, que se
 rompem e extravasam sangue para o tecido cerebral”, citou.
TIPOSChalita informou que existem dois tipos de AVC.
“O hemorrágico é quando a o rompimento da artéria e o
sangue cai no tecido cerebral, se cair grande quantidade e
 atingir um centro cerebral vital, como o respiratório e circulatório,
 o paciente pode ir a óbito. E o isquêmico é quando junto com
o vaso existe uma placa que o obstrui parcialmente, a parte
central do tecido cerebral sofre mais, em volta é menos
 atingida e ainda tem recuperação”, informou.
FATORES
O que leva um paciente a ter um AVC são fatores que vão interferir
na parede arterial formando placas ou trombose, como: a hipertensão,
 diabetes, fumo (para as mulheres que usam anticoncepcional e
fumam a incidência é ainda maior), aumento no colesterol,
sedentarismo, sobrepeso, estresse e o fator hereditário.
COMO EVITAR
“Vivemos em uma sociedade em que o conforto é o repouso,
 então as pessoas devem procurar não aumentar o peso, praticar
 exercícios físicos, pelo menos 30 minutos de caminhada por dia,
 evitar o fumo, controlar diabetes e a hipertensão”, ressaltou.
TRATAMENTO
O cardiologista explica que é preciso agir rápido, pois o tempo
 é importante para evitar um grande dano cerebral. “O ideal é
procurar um médico antes de completar três horas que o paciente
sentiu os sintomas. Se notou um formigamento ou dificuldade
de mover um membro deve ir à unidade de saúde mais próxima.
 Ao chegar ao hospital vai passar por exames como o de sangue,
 um eletro e tomografia cerebral”, explicou.
O paciente que sofrer um AVC isquêmico será necessário fazer
uso de uma medicação chamada trombolítico, inserida na veia para
 dissolver esse trombo. “O isquêmico também pode ser tratado com
 oxigenioterapia, além disso, a pessoa vai ter que cuidar da pressão
 arterial, nessa hora não pode nem baixar demais, nem aumentar muito.
 Também será preciso controlar a glicose, e logo nesse início começar
 a fisioterapia que é fundamental. No AVC tipo isquêmico pode fazer
 uso dos antiplaquetários para afinar o sangue”, falou.
Félix ressalta que dentro do AVC isquêmico também pode ser inserido
 o AVC embólico. “É quando um embolo, que saiu de alguma parte
 do organismo, sobe até o cérebro. A causa mais comum é arritmia
 cardíaca, quando ela ocorre leva um aumento nos batimentos cardíacos
 e isso forma um coagulo.  Esse coagulo que vai direto para o cérebro
 e causa uma embolia cerebral. Neste caso os médicos utilizam como
 tratamento os anticoagulantes que também ajudam a afinar o sangue.
 Existem três tipos de anticoagulantes, um já existe há 50 anos,
 mas é preciso fazer exames de 15 em 15 dias para saber como
esta o sangue desse paciente. O outros dois foram lançados a pouco tempo,
mas ainda são caros para o público”, ressaltou.
O AVC hemorrágico é o tipo mais grave, em alguns casos
é necessária uma cirurgia para retirar o hematoma.
“Se for uma hemorragia causada por um aneurisma existe um método
 americano, que é uma sonda, é introduzida no paciente do mesmo
 jeito que uma angioplastia, da virilha até a cabeça, no ponto onde houve
 o AVC. Essa sonda faz o pinçamento, e se for feito rápido pode até curar.
 Nos casos em que se rompe a artéria, e esta joga sangue no tecido cerebral
 é mais difícil, inicialmente faz uma tentativa de abrir o cérebro para aspirar o sangue. Depois é preciso fazer com que ele tenha os cuidados gerais, dando oxigênio,
 cuidando da pressão, da diabetes, do colesterol, fazer a fisioterapia e uso de medicação”, comentou.
Assim que sofre um AVC e inicia o tratamento o paciente
deve ir ao cardiologista de dois em dois meses, depois de três em três
 e sem seguida o período vai aumentando o tempo. O médico diz que
os cuidados serão contínuos, como fazer exames e manter bons hábitos
como forma de prevenção.
“Se durante esses exames for diagnosticado que o paciente esta com
arritmia cardíaca. Nós fazemos um exame chamado abrasão é uma sonda
 que vai até o coração, conseguimos ver o órgão por dentro. Quando chega
 até o local onde esta com arritmia, faz o processo de queima e o coração
 volta a bater normalmente. Mais volto a dizer que é necessário fazer o
 controle de pressão, diabetes, colesterol e imediatamente dar inicio a fisioterapia”, finalizou.

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