sexta-feira, 7 de junho de 2013

Do baque ao peixe



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Lenine não é dado a efemérides. Mas foi vencido pela conspiração das datas: não são apenas 30 anos de "Baque Solto", disco de estreia ao lado de Lula Queiroga, em 1983. Mas também 20 anos de "Olho de Peixe", parceria com Marcos Suzano, em 1993. Além dos 15 anos, completados ano passado, de "O dia em que faremos contato". Indícios de que 2013 seria, realmente, um ano para comemorações.
Uma viagem a três décadas atrás deste artista, que é natural de Recife, mas carioca de coração, será conferida na noite desta sexta-feira (7), às 20h, no Teatro do Sesi/Campos, em Guarus. Os ingressos já estão esgotados. 

A veia artística despontou ainda na infância. Entre a missa com a mãe católica e as audições de discos com o pai, aos oito anos Lenine - uma homenagem do pai socialista ao líder soviético - pode optar sobre a programação dos domingos. Escolheu a música, que ia do folclore russo e Tchaikovsky a Dorival Caymmi e Jackson do Pandeiro. Aos 17 anos, fã do rock'n roll, em especial de Led Zeppelin e do Clube da Esquina, ingressou a faculdade de Engenharia Química. Nesta época começou a arranhar suas primeiras composições.

Cantor, compositor e produtor, Lenine tem 10 discos lançados, dois projetos especiais e participações em álbuns de outros artistas. Suas canções foram gravadas por nomes como Elba Ramalho, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Ney Matogrosso. Produziu CDs de Maria Rita, Chico César, Pedro Luis e a Parede e do cantor e compositor cabo-verdiano Tcheka, além de trilhas sonoras para novelas, seriados , filmes, espetáculos de dança e teatro.

Fora do país, ganhou cinco prêmios Grammy Latino, e ainda dois da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e nove Prêmios da Música Brasileira (chamado também de Sharp e TIM em edições passadas). Se apresentou em dezenas de países em suas rotineiras turnês internacionais. Participou do projeto "Carte Blanche" , na Cité de La Musique, em Paris, do qual, até 2004, apenas um brasileiro - Caetano Veloso - havia participado. 

Seu último trabalho, lançado em 2011, foi Chão, uma suíte de dez canções, marcadas pelos sons de seu cotidiano, como o canto de um pássaro, o ruído de uma chaleira, o barulho das cigarras no verão da Urca.

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