quarta-feira, 5 de junho de 2013

Empregabilidade e seu avesso na região

Dois municípios do Norte Fluminense vivem situações opostas no mercado de trabalho. Enquanto Campos comemora a marca de 100 mil pessoas empregadas formalmente, somando 1/3 de toda a região, São João da Barra vive um momento de incertezas, com a demissão de mais de 1,4 mil trabalhadores que atuavam nas obras do Superporto do Açu. O número foi reforçado ontem, quando mais profissionais foram dispensados por uma empresa contratada pela OSX, responsável pela construção do estaleiro. 
Em Campos, entre os setores que mais empregam, o de serviços está em primeiro lugar, com 30 mil vagas; em segundo, está o comércio, que disponibiliza 25 mil oportunidades de emprego; seguido da indústria, com 19 mil vagas. A administração pública encontra-se em quarto lugar no ranking, e é o setor que paga o maior salário médio aos funcionários, segundo a Prefeitura.
A empregabilidade em Campos foi o tema da palestra ministrada pelo presidente do Centro de Informação e Dados de Campos (Cidac), Ranulfo Vidigal, nessa segunda-feira, no Fórum de Desenvolvimento Regional, da Câmara Municipal. De acordo com ele, o saldo é positivo, mas ainda há muito a ser feito. “É importante lembrar que nos últimos 13 anos o número de empregos em Campos dobrou, o que quer dizer que a situação dos moradores tem melhorado e que a economia municipal está evoluindo”, ressaltou.
Ranulfo destaca que Campos é um polo universitário, com 13 instituições de nível superior. “O que nós precisamos agora é segurar esses profissionais, garantindo a eles oportunidades”.
São João da Barra — O número de trabalhadores demitidos ontem não foi divulgado formalmente, mas, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Campos, José Eulálio, a entidade está sendo informada pelos próprios profissionais. De acordo com Eulálio, o Ministério Público do Trabalho (MPT) irá informar, ainda hoje, o novo quantitativo dos funcionários que foram demitidos.
A OSX informou que “está realizando adequações no quadro de colaboradores próprios e terceiros alocados na implantação do estaleiro da companhia no Açu, tendo em vista o faseamento das obras do empreendimento divulgado no novo Plano de Negócios da companhia”.
Em audiência realizada no último dia 27, o MPT divulgou que 1.460 trabalhadores já haviam sido dispensados do Superporto entre março e maio, e, na ocasião ficou acordado que não poderia haver mais demissões em massa.


Elder Amaral

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