terça-feira, 4 de junho de 2013

Mesmo com concurso, faltam professores


O ano letivo já entra nos quatro meses e até agora a prefeitura não solucionou o problema da falta de professores na rede municipal. Alunos de diversas escolas sofrem com o mesmo problema. A denúncia mais recente chegou ao Jornal Folha da Manha, através de uma carta de um pai preocupado com a educação de sua filha e sem saber a quem recorrer para resolução do problema.
A instituição em questão é a Escola Municipal Francisco Faria Barbosa, Guarus. Segundo o relato do pai, a filha está quase à metade do ano sem estudar, e que a mesma estaria indo a escola uma a duas vezes por semana, por que a diretora da escola estaria lecionando para não prejudicar tanto o ensino dos alunos.
Na escola uma funcionária que pediu para não ser identificada confirmou a falta de professores na escola e ainda acrescentou. “O problema não é só aqui não, acho que quase todas, se não todas as escolas em Campos estão passando pela mesma situação”, disse a funcionária.
De acordo com a diretora da Escola Municipal Francisco Faria Barbosa, Sidneia Aires, duas professores da unidade estão de licença médica e as providências para a substituição das mesmas já foram tomadas. A diretora disse ainda que nenhum aluno ficou sem aula. A Prefeitura de Campos já convocou 536 profissionais de educação, sendo 501 professores e 35 pedagogos. As convocações mais recentes aconteceram no mês de abril, quando 321 novos professores foram chamados.
Segundo o diretor do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Campos (Sepe) Carlos Ernesto Guimarães Santa Fé, o problema de falta de professor é antigo e vergonhoso.
— O problema é que a necessidade é de em média mil professores e a prefeitura só contrata 300. De 92 municípios, Campos está em último lugar na educação, com o pior resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do estado do Rio de Janeiro — disse ele.
O diretor do sindicato voltou a questionar o número de professores convocados pelo concurso público. Para ele não atende as necessidades. 
— Eu avisei que eram poucos professores convocados. Está ai a comprovação, diversas reclamações — disse. Carlos Ernesto ainda ressaltou a importância da contratação de professores para ficarem aguardando serem chamados caso haja necessidade. “Por mais que contratem todos os professores necessários, algum sempre irá sair de licença, ficar doente entre outras coisas, e os alunos não podem ser prejudicados por isso”, concluiu.


Paolla Martinez

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