sábado, 22 de junho de 2013

Universitários viajam ao sertão da Bahia para levar saúde à população Brasileira

Na cidade histórica de Canudos, 600 moradores receberam atendimento
Canudos home

Eles viajaram 1900 km de ônibus para levar saúde e qualidade de vida à cidade de
Canudos Velho



Projeto Canudos começa sua segunda edição no dia 23 de junho. A
 primeira aconteceu em julho de 2012. Estudantes de cursos da área
 de saúde (nutrição, fisioterapia, odontologia, biomedicina, educação física
 e farmácia) educação e comunicação da UMESP (Universidade Metodista 
de São Paulo) e de medicina e enfermagem da FMABC (Faculdade de Medicina
 do ABC) ficaram cerca de duas semanas na cidade, e atenderam mais de 
600 pessoas.Imagine acordar e escovar os dentes com uma cabra rodeando seus
 pés, e sol nascendo no sertão da Bahia. Foi essa uma das cenas vividas 
por 43 estudantes da região metropolitana de São Paulo. Eles viajaram 
1900 km de ônibus para levar saúde e qualidade de vida à cidade de Canudos Velho (BA).
Canudos Velho não tem hospital e nem ônibus que leve a população a serviços
de saúde de outras cidades da região. Para conseguir um atendimento é preciso
viajar 8 km até a cidade de Bendengo. Muitos pagam um carro para ir até lá sem
 a certeza de que será possível conseguir uma senha de atendimento no hospital.  
Para o professor de biomedicina e organizador do projeto de extensão universitária,
 Victor Bigoli, o objetivo é aproximar o universitário das demandas sociais do país.
— Com isso, temos a possibilidade de tornar o futuro profissional mais humanizado,
 com uma formação às práticas cidadãs.
Canudos
Para o estudante de medicina André Campos, participar do projeto é uma
oportunidade de amadurecimento profissional e pessoal.
— A consciência das diferentes culturais, econômicas e sociais que encontramos
 no nosso país são extremas e ter consciência dessas disparidades com certeza me
 tornou uma pessoa muito mais capaz de ajudar a transformar essa realidade que
aflige uma grande parcela da população. Tomei conhecimento prático de que para
 se ter saúde, é preciso que exista pelo menos educação e saneamento básico
O professor Bigoli conta que a logística para extensão é complexo a, “um projeto
audacioso”.
— São muitos desafios, desde a nossa chegada, montagem das tendas de atendimento,
 montagem dos materiais e equipamentos até o inicio dos atendimentos.
Os estudantes dormiram em casas de moradores e tiveram que se adaptar a cultura
 local, o que incluía, em algumas casas, banho frio, uso constante de pulseiras de
citronela e repelentes, e tempero de coentro na comida. Coisas que o fisioterapeuta
 André Akio conta que teve enfrentar com muito prazer.
— Graças ao projeto, reencontrei o porquê de eu cursar fisioterapia, percebi o
 quanto gosto de ajudar as pessoas que realmente precisam e o quanto é gratificante
 ver a felicidade no rosto das pessoas. Hoje posso dizer que sou mais humano,
 sensível e com certeza sou profissional da saúde!
Para alimentar os mais de 40 viajantes as mulheres da comunidade arregaçaram 
as mangas, e participaram cozinhando dia e noite. Josefa Madalena Silva 
é uma das canudenses que se tornaram “mães” adotivas dos estudantes, como
 foram apelidadas. Ela ofereceu a casa como moradia à cinco universitárias e também
 participou das tarefas da cozinha.
— As pessoas têm se conscientizado sobre o tamanho do projeto, o custo de se sair
 de tão longe para ajudar a nossa comunidade. O grupo de mulheres já está
 consciente e se esforçando para participar. Estamos ansiosos pela volta de todos.
O Projeto Canudos foi criado em parceria com o IBS (Instituto Brasil Solidário)
 que leva projetos sociais a comunidades carentes do Brasil.
Colaborou Jéssica Rodrigues, estagiária do R7

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