quarta-feira, 3 de julho de 2013

Amor antigo




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Grupo Boa Noite, Amor é formado por campistas e sanjoanenses, amantes de serestas e serenatas; hoje faz a 69ª apresentação no Teatro Municipal Trianon

Numa relação que já dura mais de 14 anos, os seresteiros do grupo "Boa Noite, Amor" se apresentam no Teatro Trianon, nesta quinta-feira (4), às 20h30. E esta apresentação terá um motivo especial: os 15 anos do maior teatro do interior do estado do Rio de Janeiro, onde eles são atração pela 69ª vez. 

Para festejar esta união, os seresteiros exibirão imagens que marcaram o período em que eles se apresentam naquele palco. O ingresso custa R$ 1,00. José Assad, Janilce Simões, Luiz Omar Monteiro, Amália Marins e Lúcia Maria, consolidaram um trabalho de qualidade, reconhecido pelo público e por autoridades, ao longo dos últimos 14 anos. Em tanto tempo, o "Boa Noite, Amor" cresceu, transformando-se em um espetáculo de grande porte, lotando os 800 lugares da plateia do Trianon.

Reconhecimento - Formado por campistas e sanjoanenses amantes de serenatas e serestas, o Grupo Boa Noite, Amor firmou-se como patrimônio cultural de Campos e garante "casa cheia" no Teatro Municipal Trianon, em cujo foyer se apresenta ininterruptamente desde 1999. Idealizado por José Assad, o grupo surgiu após uma de suas visitas ao distrito de Conservatória, considerada a capital das serestas e serenatas. Depois de conferir a tradição da cidade, Assad resolveu aceitar um convite da Escola Jesus Cristo para organizar um grupo musical no Teatro Casimiro Cunha, em benefício das obras assistenciais da escola. A primeira apresentação do grupo foi no dia 11 de julho de 1995, com o nome de "I Encontro com a Poesia da Seresta". A primeira apresentação realizada no foyer do Trianon, com o título "O amor e a poesia em serenata", é considerada o marco inicial das atividades do grupo. No repertório do Boa Noite, Amor, estão canções como "Malandrinha", "Nossos momentos", "Eu sonhei que tu estavas tão linda", "Lábios de mel", "Última estrofe", "Molambo", "Carinhoso", "Rosa", "Nós queremos uma valsa", entre outras. 

Diante de tanto sucesso, o Boa Noite, Amor já recebeu diversas homenagens pelo trabalho cultural no município, entre elas, a "Medalha Tiradentes" da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em 2010; o título de Patrimônio Cultural do Município de Campos, através da Secretaria Municipal de Cultura, em 2012 e duas Monções de Aplauso, pela Câmara de Vereadores de Campos, em 2011 e 2012 respectivamente.

- Estamos felizes com esta oportunidade que vem se repetindo nos últimos anos, quando o "Boa Noite, Amor", abre a programação de aniversário do Trianon. Somos o projeto mais antigo e durante todo este tempo, fomos conquistando o nosso público. Esperamos que o Trianon continue crescendo e trazendo grandes espetáculos para Campos - enfatiza o líder do grupo, José Assad.

Para esta noite, o grupo apresentará um repertório que contará com canções que ficaram conhecidas na voz de Catello Carlos Guagliardi, o Carlos Galhardo - um dos principais cantores da Era do Rádio, que este ano completaria 100 anos. Galhardo foi o segundo cantor que mais gravou no Brasil. São cerca de 570 músicas. 

A noite desta quinta-feira contará ainda com participação especial da poetisa Talita Batista e uma serenata, com canções de Roberto Carlos, para a professora Isaura Oliveira, frequentadora do projeto.

Geraldo Azevedo na próxima quarta

Prosseguindo com a programação de aniversário, no próximo final de semana tem o espetáculo "Vinícius de Moraes... É demais!", de André Whately. A montagem viaja por 29 canções do poetinha. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). O espetáculo tem classificação 12 anos.

Já na quarta-feira (10), será a vez do cantor Geraldo Azevedo. Uma apresentação voz e violão. Azevedo nasceu na década de 40 e foi criado em Petrolina, uma pequena cidade às margens do Rio São Francisco, no estado de Pernambuco. Músico autodidata, ele aos 12 anos de idade já tocava violão. Mudou-se para Recife em 1963 e lá se juntou a um grupo folclórico intitulado Grupo Construção, onde encontrou pela primeira vez Teca Calazans e Naná Vasconcelos.

No final da década de 60 conheceu Eliana Pittman, que o levou como músico acompanhante ao Rio de Janeiro onde se tornou conhecido como compositor e instrumentista versátil; em seguida juntou-se a Naná Vasconcelos, Nelson Ângelo e Franklin para formar o Quarteto Livre, grupo que acompanhou Geraldo Vandré em seus shows até a época em que, devido a problemas políticos com o governo militar, Vandré teve que deixar o país e o grupo se dissolveu.
 

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