esta junina só pode ser realizada com autorização de órgãos públicos

 Documento de ‘Nada Opor’ pode evitar problemas futuros

Danças e comidas típicas: o mês de junho começou e a população
já começa a se preparar para manter a tradição, se vestir de caipira e
pular a fogueira. Nesta época, as festas juninas e rancheiradas
acontecem com frequência e, em qualquer canto do município de Campos,
 seja na área central ou nos distritos e localidades da área rural.
  Além dos eventos fechados, os moradores têm o costume de
 produzir o festejo nas ruas onde moram, reunindo os vizinhos e
 amigos. Mas é importante que algumas medidas de segurança e
 fiscalização sejam tomadas para que a diversão esteja garantida e
 resguardada.

Para promover qualquer evento em espaço público é preciso
 que o organizador passe por alguns trâmites, junto aos órgãos
 fiscalizadores, que autorizarão a realização da festa e que podem
 evitar problemas futuros.  A Postura Municipal é um deles.
 O responsável pela Festa Junina deve requerer ao setor,
 através de um ofício, um documento chamado “Nada Opor”.
 De acordo com o fiscal João Batista de Oliveira, neste ofício,
 os interessados em promover o evento devem expressar a
 intenção da festa, o número de participantes, o local exato
 e o horário em que ela deve acontecer.

“Esse ofício deve ser encaminhado com antecedência, porque nós
 enviamos fiscais para vistoriar o local antes de emitir a autorização.
 É importante que se tenha a consciência de que festas realizadas
 próximas a casas de saúde, asilo ou instituição de ensino,
 geralmente, não recebem o aval da Postura”, explicou João Batista.

Segundo ele, outras
exigências também
 são feitas como a não ocupação das garagens
 das residências da rua
 onde acontecerá a festa e o livre acesso de todos os indivíduos que ali residem.
 A Guarda Civil Municipal (GCM) também precisa
 estar ciente do evento,
 já que, para a festa
 acontecer, a rua
precisa estar fechada, impedindo o trânsito no local.
O procedimento é o mesmo realizado na Postura Municipal,
 com o envio do ofício e o posterior recebimento do “Nada Opor”. 

Assim como os órgãos públicos municipais, o Corpo de Bombeiros,
 a Polícia Militar e a Polícia Civil também precisam emitir uma autorização.
 Em casos de festas comunitárias, o 8º Batalhão da Polícia Militar realiza
 um procedimento de segurança mais intenso e as Delegacias de Polícia
precisam estar atentas às possíveis complicações. Quando se trata de
 festas juninas, é comum que haja fogueiras e balões, por esse motivo,
 o Corpo de Bombeiros também precisa ser notificado previamente.

A última documentação fica por conta do Instituto
Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), que,
 além do ofício detalhado, pede ainda uma cópia do “Nada Opor”
 emitido por todos os órgãos citados acima.  “Essas medidas são de extrema importância, já que visam unicamente à ordem pública e a
segurança dos cidadãos”, finalizou João Batista.

Há 28 anos, o Centro Comunitário Coisa Roxa, de Santa Cruz, organiza sua tradicional festa caipira na rua do distrito. O evento chama a atenção de centenas de pessoas por contar com o grupo de dança homônimo que possui grande prestígio no município de Campos e região, com quadrilha e dança de salão.

De acordo com um dos responsáveis pelo grupo, Dionilson Moreira Vicente, o Sapo,
 este ano a festa vai acontecer no mês de agosto e já está sendo
 bastante esperada pela comunidade. “Realizamos um grande evento,
 que, além da dança, possui ainda barraquinhas e shows de bandas locais,
 mas para que obtenhamos sucesso, precisamos realizar todos os
procedimentos de segurança”, falou Sapo. 

O organizador disse que toda a documentação emita pela Posturas,
 Guarda, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e IMTT,
 é solicitada com, pelo menos, um mês de antecedência.
“Sempre recebemos o aval e nunca tivemos problemas e
exatamente por isso não deixamos de realizar os trâmites”, finalizou Sapo.