Cerca de 40 ex-funcionários da unidade querem o pagamento de quatro meses de salários atrasados e a baixa nas carteiras para receber o FGTS
Cerca de 40 funcionários demitidos da Associação Hospitalar de Cambuci, que trabalhavam no hospital Moacyr Gomes de Azevedo, no mesmo município, fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (27 de agosto), em frente ao prédio do Ministério do Trabalho.
A categoria reivindica a baixa na carteira de trabalho para poder receber o fundo de garantia (FGTS) e o seguro desemprego, além de exigir o pagamento dos quatro meses de salários atrasados.
Os demitidos foram até o local para participar de uma reunião com advogados para tentar solucionar o problema, mas pela terceira vez, o prefeito de Cambuci Agnaldo Vieira Mello, cancelou o encontro.
"Estamos revoltados com tamanha falta de respeito conosco, que por anos oferecemos um serviço de qualidade no hospital. Já viemos a Campos outras duas vezes para resolver o problema e quando chegamos aqui ouvimos que o encontro foi cancelado. Temos família, responsabilidades e não estamos tendo condições de resolver nossos problemas porque não recebemos há quatro meses. A situação é vergonhosa e revoltante", ressaltou a enfermeira Juliana Keller, que trabalhou pela associação por dois anos.
O técnico em manutenção Luzimar Siqueira trabalhou na unidade por 26 anos e está revoltado em ter seus direitos respeitados.
"Tenho quatro filhos e estou sem pagar a pensão deles há quatro meses porque não recebo. Estou até com medo de ser preso por isso. Ainda tenho problemas de saúde e dependo de medicamentos que não estou podendo comprar. Quero apenas ter meus direitos respeitados e é por isso que estamos lutando", afirmou.
O Hospital Moacyr Gomes de Azevedo foi reaberto pela prefeitura e voltou a atender aos pacientes há cerca de dois meses. Grande parte dos funcionários que eram da Associação Hospitalar foram demitidos.
"Fomos demitidos com a desculpa de que o hospital só poderia ser reaberto com o mínimo de funcionários, mas não foi o que aconteceu. A prefeitura nos demitiu e contratou pessoas ligadas a eles. Tudo é questão política. Queremos apenas receber os atrasados e nossos direitos como trabalhadores", concluiu a enfermeira Juliana.
Em junho deste ano a equipe do Jornal Terceira Via esteve na cidade para ouvir a população sobre o fechamento da unidade. Revoltados com o prefeito Agnaldo, os moradores clamaram por ajuda, já que estavam tendo que ir a municípios vizinhos para serem atendidos.
Na ocasião o prefeito foi procurado pela reportagem mas não se pronunciou sobre o fato.
fonte: terceira via
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