quinta-feira, 23 de março de 2017

Presidente da Câmara de Itaperuna cassa palavra de Vereador































A primeira vez na história da Câmara centenária que a voz de um Vereador é cassada, não concedendo a ele alguns minutos conclusão das suas breves comunicações.
É sinal que as coisas realmente estão mudando. Pois bem, aconteceu ontem (22), na sessão legislativa da Câmara Municipal de Itaperuna, a presidente Amanda da Aidê, cassou a palavra do vereador Jayme Ferreira e não lhe concedeu a oportunidade de concluir as suas breves comunicações.
Enquanto ele elogiava a mesa pela decisão que irá servir cafezinho as pessoas  nas sessões seguintes, defendia o prefeito, vice-prefeito e o vereador França, atualmente ocupa o cargo de Secretário Municipal de Educação, frente às palavras ferrenhas do vereador Glauber Bastos, que havia usado da tribuna para defender o aluguel da Associação das bordadeiras, que é pago com dinheiro público e corre o risco de perdê-lo para acomodação da Delegacia do Tiro de Guerra, o tempo corria solto e não houve nenhuma interferência da mesa.
Quando o vereador tomou a decisão de dizer que havia sido feito naquela Casa legislativa um evento para homenagear o ex-prefeito Cláudio Cerqueira Bastos, proposto pela presidente e pelo vice-presidente (Marquinho de Retiro), sendo que os vereadores só ficaram sabendo na hora na sessão e por ele cobrado da mesa uma maior atenção para com os Edis e familiares, endossando que o “Claudão  foi o melhor prefeito que passou por Itaperuna e merecia tratamento diferenciado, inclusive argumentando que nos comícios a situação dizia que Itaperuna há mais de 40 anos não tinha ofereci obras que significativa para o seu desenvolvimento, destacando que a presidência tinha ocupado todos os cargos comissionados e por fim os vereadores de oposição não tinha o mesmo tratamento que os pares que apoiam o governo”, ai então, a presidente se arvorou do regimento interno e cassou a palavra do vereador, não permitindo ele terminasse, desligando o serviço de sonorização da Casa, e sobre vaias o Vereador encerrou sua fala, permanecendo a mesa inerte.
O inciso II do artigo 77 do regimento interno da Câmara Municipal de Itaperuna prevê que os excessos cometidos pelo Vereador deverão ser reprimidos, mais alerta que o fato deve ser grave, só assim poderá ocorrer à cassação da palavra.
O Vereador Jayme Ferreira, todas as vezes que foi a tribuna, usou da palavra por um tempo superior ao que o regimento interno demanda para as breves comunicações, que não pode ser superior a cinco minutos, conforme prescreve o artigo 108 do regimento interno citado.
O bom senso, e temos visto isto nas sessões da Câmara Federal e do Senado, a presidência sempre conceder alguns minutos para que o parlamentar possa concluir a sua fala.
Fonte: Jornal Independente 

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