o recurso mais frequente é aumentar de forma expressiva as primeiras mensalidades dos planos individuais novos
Pesquisa inédita feita pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que operadoras de saúde chegam a pedir um reajuste de até 538% para usuários de planos coletivos.
O trabalho, feito por meio da análise de ações interpostas na Justiça entre 2005 e 2013, identificou um aumento médio de anuidades e taxas de sinistralidade de 81,21%.
“O abuso é evidente”, afirma a advogada do Idec e autora da pesquisa, Joana Cruz. Planos coletivos hoje respondem pela maioria do mercado (77%). A mudança é fruto de um esforço adotado pelas operadoras de saúde.
Para escapar das regras da lei que regulamenta o setor, de 1998, os planos passaram a impor uma série de entraves para que usuários façam contratos individuais. Em vez disso, ofertam para interessados planos coletivos – que não estão sujeitos à lei de planos.
O recurso mais frequente é aumentar de forma expressiva as primeiras mensalidades dos planos individuais novos. Valores muito superiores, quando comparados às primeiras mensalidades dos planos coletivos.
Algumas empresas, mais diretas, simplesmente retiraram os planos individuais do cardápio ofertado para população. “Sem dúvida, é muito mais rentável, muito mais vantajoso”, comenta o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo Almeida.
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