Saída de ex-senadora constituiria um grande desastre na cena de disputa e no debate das ideias
Abre-se o melhor dos cenários para Dilma Rousseff com vistas às eleições do próximo ano. O fato de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter negado o registro do partido Rede de Sustentabilidade – de Marina Silva – cai como uma luva ao projeto petista de Governo. Parece feito por encomenda. A ex-senadora sinaliza que não deverá concorrer mesmo tendo hoje 16% das intenções de voto, superada somente pela própria Dilma, segundo o Ibope.
A goleada de 6 a 1 imposta pelo TSE se deve ao fato de faltarem 50 mil assinaturas consideradas válidas – número necessário para totalizar os 492 mil obrigatórios para a formação do partido. Dura lex sed lex.
A esquálida e ao mesmo tempo fortíssima candidata tem até sábado para optar por um partido que abrigue seu projeto de concorrer ao Planalto. Mas não duvidem se ela abrir mão desse plano B. No passado, Marina já permitiu que sua consciência – ou teimosia - falasse mais alto que uma mera composição ou pressão política – ao abrir mão de anunciar seu apoio a candidatos em segundo turno.
A saída de Marina constituiria um grande desastre na cena de disputa e decerto esvaziaria o debate das ideias. E ela as tem. Um patrimônio de 19 milhões de votos em 2010 não deveria ser desperdiçado. Mas outros partidos também preferem assim.
E por falar em desperdício, o mesmo tribunal oficializou há alguns dias as legendas PEN e PROS, duas siglas a mais para confundir um cardápio de exatos 32 partidos. Nem pense que este é o pior dos mundos. Os argentinos têm 710 legendas para escolher. Nesse quesito, os ‘hermanos’ nos vencem de goleada.
fonte terceira via
Sem comentários:
Enviar um comentário