sexta-feira, 21 de junho de 2013

Dilma convoca reunião de emergência com ministros para esta sexta-feira

A presidente Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff Foto: Jorge William / Agência O Globo




BRASÍLIA — A presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião, marcada para as 9h30m desta sexta-feira, com vários ministros, tendo à frente o da Justiça, José Eduardo Cardozo, para analisar a situação no país, depois dos protestos desta quinta-feira, e determinar providências de governo, principalmente para conter a onda de violência.
Com as manifestações crescendo país afora e ameaçando chegar às portas da Presidência, aumentou a preocupação no meio político, com especulações de que Dilma poderá convocar cadeia nacional de rádio e televisão para falar ao povo. O Planalto negou a convocação de cadeia nacional, mas a ideia ainda não está descartada.
Também entre os políticos havia a informação de que Dilma poderia ser aconselhada a convocar o Conselho da República, um órgão para assessorar o chefe da nação em momentos de crise, presidido por ele e composto pelo vice-presidente da República, os presidentes da Câmara e do Senado e líderes da maioria e da minoria no Congresso.
Além de Cardozo, devem participar da reunião desta sexta-feira no Planalto, os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Relações Institucionais), Aloizio Mercadante (Educação) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).
Nesta quinta-feira à noite, manifestantes tentaram invadir o prédio do Itamaraty. Eles jogaram pedras, cones e garrafas, quebraram vidros, e um rojão explodiu dentro do prédio. A polícia revidou com bombas de efeito moral, gás de pimenta e usou até extintores para dispersar as pessoas que ocupavam as duas rampas de acesso ao prédio. Um dos manifestantes quebrou um refletor dentro do espelho d'água com um cone de trânsito. A PM informou que foram detidas três pessoas e 39 pessoas ficaram feridas, sendo quatro PMs e onze foram levados a hospitais.
Às 20h28m, a presidente Dilma Rousseff deixou o Palácio do Planalto, que continua cercado por tropas do Exército.

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