quinta-feira, 27 de junho de 2013

HPV: Preservativos e exames são fundamentais para evitar contágio

Existem mais de 100 tipos, mas dois podem causar câncer do colo do útero
Carlos Grevi

Existem mais de 100 tipos, mas dois podem causar câncer do colo do útero

“A prevenção é a melhor forma de evitar o contágio do HPV”.  É com esta importante informação que o Site Ururau começa a matéria sobre o Human Papiloma Virus (HPV). Em entrevista a ginecologista, Cândida Medeiros Ribeiro Barcelos, explicou o que é esta doença, prevenção e tratamento. “O HPV é uma família viral enumerada em mais de 100 tipos, a maior parte é benigna. Mas algumas variações mais graves são 16 e 18, estas podem provocar doenças como o câncer de colo do útero, 100% tem participação de algum tipo de HPV. Mas também existem variações benignas que podem causar condilomatose (verrugas genitais), uma doença sexualmente transmissível provocada por um HPV de baixo risco. O que causa o câncer é o HPV de alto risco”, disse. De acordo com a especialista, em 70% dos casos de colo do útero são provocados pelas variações 16 e 18. “A cada ano 20 mil mulheres brasileiras desenvolvem o câncer do colo do útero, de 40% a 50% morrem”, completou. Esses tipos também provocam 90% de câncer oral, 40% de câncer no pênis, 96% de câncer no ânus. “O câncer genital é transmitido através do contato pele com pele, mucosa com mucosa. Em apenas 2% dos casos a transmissão pode acontecer em contato com objeto contaminado, com o uso de uma mesma roupa íntima como calcinhas e biquíni. Existem exames técnicos que vão caracterizar qual é a ninhagem desse HPV. É feito mediante a lesão, a pessoa faz para saber se a lesão é de alto ou baixo risco, é examinado dentro da célula”, falou. A médica explicou ainda que não existe um período exato entre o contágio e a manifestação do HPV. “Já aconteceram casos de pessoas de 70 e 80 anos, que já não tem mais relações sexuais há 20 anos e apresentam a lesão. O HPV evolui para uma doença mais séria, mas precisa de mais fatores”, informou. O HPV também tem participação em alguns tipos de cânceres como o de boca, e podem ser transmitidos através do beijo, e principalmente do sexo oral. O tipo 16 está fortemente relacionado aos tumores da cavidade oral. Na transmissão através de um beijo é quando o indivíduo estiver com uma pessoa no qual a doença esteja em fase aguda. PREVENÇÃO
A ginecologista explica sobre a importância da vacinação como forma primária de evitar o contágio do HPV. “No caso das meninas a vacina é indicada para a faixa etária dos nove a 40 anos. São três doses, por exemplo, uma é dada agora, a outra daqui a dois meses e a última depois de seis meses. Aqui em Campos são vacinadas meninas de 11 a 15 anos. Nesta fase tem mais resposta imunológica, pois ainda não teve contato sexual. A vacina tem quatro tipos de HPV”, explicou. Como forma de prevenção a médica ressalta a importância de usar o preservativo. Os tipos 6 e 11 representam 90% do contágio das verrugas genitais. Outra forma de prevenir é fazer o exame de Papa Nicolau. O Ministério da Saúde recomenda que seja realizado a partir dos 25 anos e de três em três anos, mas em consultórios particulares os pedidos são anuais. Nos homens também é indicada a vacinação na mesma faixa etária que as mulheres, isso se iniciou no Brasil no ano passado. “Outro fator que fica o alerta é quanto maior o número de parceiros, maior a chance de pegar um HPV”, citou. TRATAMENTO
Cândida comenta que as doenças são tratadas de acordo com cada tipo de HPV. “O câncer do colo do útero existem casos de que é necessária cirurgia e outros a quimioterapia. Com relação a condilomatose, as verrugas, podem ser queimadas de sete a 15 dias depois do contato. Em todos os casos é necessário procurar um especialista, no caso das mulheres um ginecologista e dos homens um urologista”, finalizou.
fonte ururau

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