Carlos Grevi
Existem mais de 100 tipos, mas dois podem causar câncer do
colo do útero
“A prevenção é a melhor forma de evitar o contágio do HPV”. É com esta
importante informação que o
Site Ururau começa a
matéria sobre o Human Papiloma Virus (HPV). Em entrevista a ginecologista,
Cândida Medeiros Ribeiro Barcelos, explicou o que é esta doença, prevenção e
tratamento.
“O HPV é uma família viral enumerada em mais de 100 tipos, a maior parte é
benigna. Mas algumas variações mais graves são 16 e 18, estas podem provocar
doenças como o câncer de colo do útero, 100% tem participação de algum tipo de
HPV. Mas também existem variações benignas que podem causar condilomatose
(verrugas genitais), uma doença sexualmente transmissível provocada por um HPV
de baixo risco. O que causa o câncer é o HPV de alto risco”, disse.
De acordo com a especialista, em 70% dos casos de colo do útero são
provocados pelas variações 16 e 18. “A cada ano 20 mil mulheres brasileiras
desenvolvem o câncer do colo do útero, de 40% a 50% morrem”, completou.
Esses tipos também provocam
90% de câncer oral, 40% de câncer no pênis, 96% de câncer no ânus. “O câncer
genital é transmitido através do contato pele com pele, mucosa com mucosa. Em
apenas 2% dos casos a transmissão pode acontecer em contato com objeto
contaminado, com o uso de uma mesma roupa íntima como calcinhas e biquíni.
Existem exames técnicos que vão caracterizar qual é a ninhagem desse HPV. É
feito mediante a lesão, a pessoa faz para saber se a lesão é de alto ou baixo
risco, é examinado dentro da célula”, falou.
A médica explicou ainda que não existe um período exato entre o contágio e a
manifestação do HPV. “Já aconteceram casos de pessoas de 70 e 80 anos, que já
não tem mais relações sexuais há 20 anos e apresentam a lesão. O HPV evolui para
uma doença mais séria, mas precisa de mais fatores”, informou.
O HPV também tem participação
em alguns tipos de cânceres como o de boca, e podem ser transmitidos através do
beijo, e principalmente do sexo oral. O tipo 16 está fortemente relacionado aos
tumores da cavidade oral. Na transmissão através de um beijo é quando o
indivíduo estiver com uma pessoa no qual a doença esteja em fase aguda.
PREVENÇÃOA
ginecologista explica sobre a importância da vacinação como forma primária de
evitar o contágio do HPV. “No caso das meninas a vacina é indicada para a faixa
etária dos nove a 40 anos. São três doses, por exemplo, uma é dada agora, a
outra daqui a dois meses e a última depois de seis meses. Aqui em Campos são
vacinadas meninas de 11 a 15 anos. Nesta fase tem mais resposta imunológica,
pois ainda não teve contato sexual. A vacina tem quatro tipos de HPV”, explicou.
Como forma de prevenção a médica ressalta a importância de usar o
preservativo. Os tipos 6 e 11 representam 90% do contágio das verrugas genitais.
Outra forma de prevenir é fazer o exame de Papa Nicolau. O Ministério da
Saúde recomenda que seja realizado a partir dos 25 anos e de três em três anos,
mas em consultórios particulares os pedidos são anuais.
Nos homens também é indicada a vacinação na mesma faixa etária que as
mulheres, isso se iniciou no Brasil no ano passado. “Outro fator que fica o
alerta é quanto maior o número de parceiros, maior a chance de pegar um HPV”,
citou.
TRATAMENTOCândida
comenta que as doenças são tratadas de acordo com cada tipo de HPV. “O câncer do
colo do útero existem casos de que é necessária cirurgia e outros a
quimioterapia. Com relação a condilomatose, as verrugas, podem ser queimadas de
sete a 15 dias depois do contato. Em todos os casos é necessário procurar um
especialista, no caso das mulheres um ginecologista e dos homens um urologista”,
finalizou.
fonte ururau
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