domingo, 2 de junho de 2013

NOVELA ESPOE O LÚPUS,DOENÇA AINDA POUCO CONHECIDA DO GRANDE PÚBLICO

A atriz Klara Castanho, que faz a Paulinha, com Paola Oliveira, numa cena da novela das nove
A atriz Klara Castanho, que faz a Paulinha, com Paola Oliveira, numa cena da novela das nove Foto: Matheus Cabral


Geraldo Ribeiro
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Nos próximos capítulos de “Amor à vida”, a personagem Paulinha (Klara Castanho) será diagnosticada com lúpus, doença provocada por uma desorganização do sistema imunológico, que libera a produção de anticorpos contra o organismo. Para a médica Blanca Bicas, chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital do Fundão, a exposição proporcionada pela novela ajudará a esclarecer o público sobre o mal, ainda pouco conhecido.
— Desde a década de 50, com o surgimento da cortisona, o lúpus não é mais fatal. Com os avanços no tratamento, é possível controlar a doença e levar uma vida normal — explica a especialista.
Os sintomas variam de uma pessoa para outra, podendo dificultar um diagnóstico rápido da doença. Existem dois tipos principais de lúpus. O cutâneo se manifesta por meio de manchas avermelhadas na pele, principalmente nas partes expostas à luz solar, como o rosto. O outro é o sistêmico e afeta órgãos internos, como rins.
O lúpus atinge pessoas de qualquer idade, raça ou sexo, porém é mais comum em mulheres, a partir da adolescência, por conta de fatores hormonais. O único caso em que há cura, segundo Bianca, é em recém-nascidos, quando os anticorpos são passados pela placenta. Nos demais, há tratamento e acompanhamento constante.
Paciente ajuda a fundar órgão de apoio
Diagnosticada com a doença há 31 anos e depois de passar por 15 internações, quatro biópsias e vários tratamentos quimioterápicos, Sandra Madalena Lucas, de 49 anos, toma dez medicamentos diferentes por dia para controlar a doença. Não é à toa que se considera uma vitoriosa e exemplo para os demais que sofrem com o problema no país.
Para apoiar outros doentes e familiares, ela ajudou a fundar a Associação dos Portadores de Lúpus do Rio de Janeiro (Apalurj), presidida por ela e que funciona no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel. A unidade, assim como o Hospital do Fundão, é uma referência no atendimento a pacientes com a doença.


 

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