sábado, 15 de junho de 2013

Portugal, África e Brasil se encontram em Machadinha no sábado

Espetáculo terá início às 19h e a entrada será gratuita
Divulgação

Espetáculo terá início às 19h e a entrada será gratuita

No próximo sábado (15/06) as ruínas da casa grande da Fazenda de Machadinha irão receber o espetáculo de teatro Luso-Afro-Brasileiro "Dona Mulata e Triunfo". O cenário escolhido para a apresentação foi a comunidade quilombola localizada na área rural. A peça que tem encantado o público de todas as cidades por onde passa, terá início às 19h e a entrada será gratuita.
Os laços de identidade local com o pais do continente africano, antiga colonia lusitana, são reafirmados por intermédio do nome do município. Com base em informações de historiadores, a extensão territorial que hoje compreende o município foi ocupado por cativos oriundos da região de Quissama, Norte de Angola, sendo uma das poucas cidades do Brasil com nome e ancestralidade africana.
"Dona Mulata e Triunfo" é uma hilariante história de amor e leva-nos a revisitar a história passada e presente da região portuária do Rio de Janeiro, ponto de encontro entre o homem branco, negro e indígena. O espetáculo de teatro que faz parte do projeto afro-brasileiro "fui?", narra o percurso dos personagens, com uma estória em comum desde a escravatura, passando pela miscigenação e desaguando na vertiginosa transformação do porto do Rio.
“Esse projeto é um prêmio da FUNARTE (Fundação Nacional de Artes), que nós aproveitamos para mostrar um dos lugares singulares da cultura dos países de língua portuguesa”, declarou o português, diretor da peça, Miguel Pinheiro.
Dona Mulata e Triunfo são dois personagens sem tempo. Por um lado são intemporais, por outro, estão com muita pressa. E é nesta agitação, fruto da grande transformação da área, que a atriz brasileira Marisa Francisca e o ator da Guiné-Bissau Welket Bungué vão se rebelar das amarras de Cronos e narrar deliciosas estórias. Até o Cupido solucionar este caso, ouviremos das desventuras de um pobre mercador de escravos, como Amália sofreu por Joaquim e de quão famoso Xangô é na África.
A direção musical é de Spirito Santo (Musikfabrik) que é acompanhado ao vivo pelo percussionista Shopa. O português Miguel Pinheiro, diretor artístico da 10pt - Criação Lusófona, assina a direção e dramaturgia. A supervisão cênica está a cargo de Sidnei Cruz. Já a pesquisa histórica teve a colaboração do africanista Alberto Costa e Silva e do historiador Antônio Edmilson Rodrigues.
Um dos pontos altos do evento, ficará para o final do espetáculo. Como parte do intercâmbio artístico proposto, haverá apresentação do tradicional Jongo da Machadinha, com participação do samba de roda do Mestre Lequinho e seus capoeiras. A integração cultural, contará ainda, com os jongueiros e as dançantes do Caxambu. Realizado sob a batida do tambor, aos olhos do luar e entoado com as vozes da senzala, o evento conta com o apoio da Prefeitura de Quissamã.


Ascom

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