quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O risco de ter governantes preocupados somente com o dinheiro


A ideia de criar taxas e impostos para explorar o lazer é sempre cruel

A partir deste fim de semana, os turistas que costumam visitar Ilhabela, no litoral norte paulista, terão de desembolsar R$ 12 para chegar à praia dos Castelhanos. A área do parque, sob administração estadual, agora é pedagiada. O visitante já desembolsava R$ 22,50 com a travessia em balsas e mais R$ 6,50 de taxa ambiental. Agora paga ingresso mesmo.
O prefeito de Ilhabela, Antonio Colucci (do PPS), no entanto, teme a evasão de turistas da cidade e se declara contrário à cobrança da nova taxa.
Abre-se um perigoso precedente de desrespeitar mais direitos básicos do cidadão – como o de ir e vir ou mesmo o direito fundamental de acesso ao lazer. Imagine se a moda pega. Com a classe política que temos neste Brasilzão, qualquer absurdo desses se transforma numa grande ideia para tirar dinheiro do contribuinte – a título de imposto ou taxa de serviço, e em nome do orçamento, sempre combalido pela ganância e esperteza.
Imagine se esta ideia for adotada, por exemplo, num município com problema grave de caixa? Ou então numa cidade onde a maioria dos vereadores faça parte de um grupo de paus mandados de uma prefeitura mais preocupada em arrecadar do que em prestar serviços ao cidadão? Pior seria supor que isso acontecesse num município que não prestasse conta de seu orçamento e gastos aos munícipes e contribuintes. Percebeu o leitor a extensão do risco?
fonte: terceira via

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