quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Todos os eleitos envolvidos no "Chequinho" estão cassados em Campos dos Goytacazes - RJ

Como já havia ocorrido com os outros nove eleitos envolvidos no esquema do Cheque Cidadão, o juiz Eron Simas cassou o mandato de Kellinho (PR) e Thiago Ferrugem (PR). A sentença foi divulgada nesta quinta-feira (19/01). Assim como os outros, Kellinho e Ferrugem também estão inelegíveis por oito anos e terão os votos anulados. A sentença em primeira instância cabe recurso. Diferente de Kellinho, que não chegou a ser diplomado, Thiago Ferrugem foi diplomado em dezembro e tomou posse em primeiro de janeiro.

O “escandaloso esquema” ficou conhecido com a deflagração da “Operação Chequinho” pelo MPE e Polícia Federal. Ao todo 11 vereadores eleitos foram arrolados em Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), cujas audiências ocorreram em novembro último.  

Os eleitos afastados por sentença judicial são: Jorge Rangel, Roberto Pinto, Ozéias Martins, Magal, Miguelito, Linda Mara e Cecília Ribeiro, Thiago Ferrugem, Kellinho, Vinícius Madureira e Thiago Virgílio. 

A anulação dos votos desses eleitos vai mudar completamente o cenário da Câmara Municipal. A retotalização dos votos ainda não tem prazo para acontecer.   
Por meio de nota oficial, o vereador Thiago Ferrugem disse que "Estou com a consciência muito tranquila. Fui eleito pela vontade popular. Decisão judicial tem que ser cumprida, mas vivemos em um Estado Democrático de Direito, por isto, vou recorrer desta decisão que considero frágil, injusta e que não corresponde com a realidade. Recorro no cargo como vereador até a última instância com a certeza de que a justiça será reestabelecida e continuarei trabalhando para fazer de Campos uma cidade cada vez melhor para se viver. Quero agradecer a todos pelas manifestações de apoio e carinho!" 

OPERAÇÃO CHEQUINHO
A Promotoria de Justiça junto à 76ª Zona Eleitoral distribuiu, no dia 17 de setembro ações contra 37 candidatos a vereador em Campos. Todos fazem parte da coligação que apoiava a candidatura à sucessão do atual governo, tendo alguns deles ocupado cargos em comissão no poder executivo municipal, incluindo ex-secretários municipais. Dias depois, outros dois candidatos foram denunciados, elevando o número de investigados para 39.
O Ministério Público Eleitoral obteve diversos documentos que comprovam que os candidatos envolvidos no esquema tinham acesso a quantidades variadas, de acordo com sua influência política no grupo, de Cartões do Cheque Cidadão entregues pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social para distribuição em seu reduto eleitoral, entre os eleitores que se comprometessem a, em troca, favorecê-los com o voto. 
 

 Fonte Ururau

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