Cafeicultores de Porciúncula participaram de uma oficina tecnológica promovida pelo Sebrae/RJ em parceria com a Prefeitura e a Emater-Rio. O curso de classificação de grãos e degustação de café terminou nesta quinta, 18/05, e aconteceu na sede da associação comunitária dos produtores rurais do Cedro / Fortaleza. Trinta produtores participaram do curso, que teve aulas teóricas e atividades práticas.
O principal objetivo foi aprimorar o conhecimento técnico dos cafeicultores, ensinando-os a identificar as diferentes características do café, para que possam atender melhor às exigências do mercado e criar novas oportunidades de negócio. Na parte teórica, história do café, produção, armazenagem, aspectos econômicos nacionais e internacionais, legislação, tecnologia, fiscalização, estiveram em pauta.
Sobre a classificação dos grãos, os produtores aprenderam a reconhecer os defeitos intrínsecos e extrínsecos do café, a classificar diversas amostras com todas as características de qualidade, e a desenvolver blends nos padrões tradicional e gourmet. Na degustação, a atividade foi um teste sensorial triangular para avaliar o olfato e paladar. Os participantes passaram por mesas denominadas abertas, onde o café estava identificado; e por mesas fechadas, sem a identificação - o famoso teste cego.
A oficina foi realizada pela Empresa Júnior do Instituto Federal Fluminense de Alegre, Espírito Santo, com recursos do Sebraetec - programa de apoio às micro e pequenas que subsidia demandas na área de conhecimento tecnológico visando a inovação e a melhoria de processos, produtos e serviços.
Fortalecimento da cafeicultura no Noroeste Fluminense
Quatro municípios do Noroeste Fluminense são produtores de café: Varre-Sai, Porciúncula, Natividade e Bom Jesus do Itabapoana, que respondem por 71% da produção de café do Estado do Rio de Janeiro, com predominância de pequenas propriedades e agricultura familiar, com 1203 cafeicultores. O café produzido na região é o arábica e devido à topografia (relevo acidentado e altitude que varia entre 600 e 1000 m), a atividade demanda muita mão de obra, gerando trabalho e renda para os habitantes, mesmo com o advento das máquinas portáteis.
Uma sólida parceria entre o Governo do Estado, através da Emater-Rio e do Programa Rio Rural, Sebrae/RJ, Ministério da Agricultura, Senar, Faerj, Prefeituras Municipais e a Cooperativa dos Produtores de Café do Noroeste Fluminense (Coopercanol) desenvolve ações para o fortalecimento da cafeicultura fluminense, através do aumento da produtividade e, sobretudo, da qualidade dos grãos. Capacitação dos cafeicultores, introdução de novas tecnologias, aquisição de equipamentos individuais e coletivos, melhoria dos processos produtivos na lavoura e na pós colheita, e o apoio para abertura de novos mercados consumidores são algumas das ações implementadas na região.
Por Kellen Leal
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