O preservativo tem a dupla função de evitar a vida e também a morte
Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgada ao final do primeiro trimestre deste ano revelou que um terço dos jovens entre 14 e 25 anos nunca usa preservativos em suas relações sexuais. O 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas apontou ainda que 32% das mulheres até vinte anos já engravidaram pelo menos uma vez - e 12% delas passaram por um aborto.
A prevenção de doenças sexualmente transmissíveis por meio do uso das camisinhas esbarra em uma série de fatores culturais e econômicos. Muita gente – que jamais usou o dispositivo de látex – alega que ele “quebra o clima” interrompendo a festa em seu melhor momento. Os que usam preservativos uma vez ou outra não querem perder a possibilidade de um sexo eventual pelo simples fato de não haver uma farmácia por perto.
Fato é que a camisinha é hoje um dispositivo para evitar a vida (a contracepção) e também a morte (DSTs e Aids). No âmbito do Governo, existe o estímulo ao consumo do produto graças à manutenção da isenção de impostos como o IPI e o ICMS em todos os estados. Ainda assim, o consumidor resiste à compra.
Projetos de lei de âmbitos estadual e federal buscam a ampliação dos pontos de venda e distribuição – em festas, eventos em locais públicos, bares, casas noturnas e até bancas de jornais. Estes últimos chegaram a alegar que não venderiam tal produto por terem um negócio de tradição familiar – mas foram lembrados que vendem publicações pornográficas.
Em inglês e em francês, a camisinha é chamada de Condom, o nome de um médico do século 17 que criou um preservativo de tripa de carneiro cujo objetivo era evitar as doenças sexuais. Já o termo “camisinha”foi criado por Shakespeare que citou o dispositivo em uma de suas obras.
FONTE JORNAL TERCEIRA VIA
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