Outra conclusão muito importante é que o peso das doenças mentais são subestimados na região, parte devido à falta de material disponível para pesquisa. Estudiosos avaliam que com esta nova persppectiva, a doença precisará ser revisada mundialmente já que 5 milhões de pessoas disgnosticadas com Alzheimer, quase 20% do total em todos os continentes, eram desconhecidas.
Para o co-autor do estudo, Dr. Kit Yee Chan, e os professores envolvidos Harry Campbell e Igor Rudan, desconhecer estes números tem um grande impacto na economia e socidade chinesas. "Das muitas doenças não transmissíveis que necessitam de atenção especial, a demência é uma das que tem maior efeito econômico e social em um país. Por isso, este grande número de casos de Alzheimer e demência na China representa um enorme desafio para os sistemas de cuidados e tratamentos de saúde acessíveis", explica Dr. Chan.
Alzheimer, prevalecem nas mulheres ao invés dos homens, o que é ainda mais preocupante já que na China o sexo feminino tem uma longa expectativa de vida e elas são mais que 75% da população acima de 85 anos. Movimentos sociais internos, como mudança demográfica e migração do campo para a cidade em larga escala podem ter colaborado para o aumento dos números, já que um grande quantidade de idosas ficaram vivendo sozinhas na zona rural. Apesar das diferenças de sexo, não foram observadas disparidades entre a população rural e a urbana em relação às doenças.
De acordo com os pesquisadores, o estudo merece atenção porque na China, tanto por parte do governo como da mídia, se dá pouca atenção para as doenças que não têm altas taxas de letalidade, como câncer e doenças cardiovasculares. Além disso, há pouco conhecimento sobre a demência e, mesmo no sistema de saúde, é escasso o treinamento para tratar o problema.
"É improvável que a resposta dos serviços de saúde seja suficiente, por isso é necessária uma ação social mais ampla e soluções inovadoras. Recursos devem ser oferecidos a nível nacional, local, familiar e individual, além de campanhas de conscientização pública para desmistificar a doença, já que grande parte da população chinesa acredita que a demência faz parte do processo natural de envelhecimento e que nada pode ser feito para ter uma melhora", destaca o Dr. chan, da Edith Cowan University, da Austrália, e Capital Medical University, da China.
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