sexta-feira, 6 de março de 2015

Mulheres conquistam cada vez mais espaço no mercado de trabalho



No próximo domingo (8 de março), é comemorado o Dia Internacional da Mulher. A data foi criada no contexto das lutas de mulheres pela igualdade entre os gêneros. Hoje, mais de 100 anos desde as primeiras manifestações feministas, o objetivo ainda não foi totalmente alcançado, mas já é possível enxergar uma luz no fim do túnel. As mulheres, que antes estavam fadadas a executar apenas os serviços “do lar” e cuidar do marido e filhos, estão ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho.

Em Campos, já é possível notar a mudança dos paradigmas. Segundo a chefe da Divisão de Capacitação de Vagas da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (SMTR), Nilza Gama, a procura por oportunidades no Balcão de Empregos é equivalente entre homens e mulheres. Inclusive nas funções ditas como “predominantemente masculinas”, as mulheres também estão sendo requisitadas. “Temos vagas para cobradora de ônibus, servente, motorista... Antigamente, esses cargos eram destinados exclusivamente aos homens, mas agora as empresas estão abandonando esse pensamento arcaico e contratando profissionais de ambos os sexos”, disse Nilza.

O perfil das mulheres que estão à procura de emprego também é variado. De acordo com Nilza, jovens, mães e até mulheres de idade mais avançada, e com diferentes níveis de escolaridade, candidatam-se as vagas diariamente. “Hoje é difícil ver uma jovem que não se preocupa com a carreira. Já no caso das mães, existem aquelas que precisam manter a casa sozinhas ou complementar a renda. Esse cenário reflete uma transformação muito positiva, tanto para as mulheres, quanto para a sociedade em geral”, disse.

Nilza destaca que, no próprio Balcão de Empregos, a maioria das funcionárias são mulheres. O mesmo acontece na redação do Jornal Terceira Via, onde há somente repórteres do sexo feminino.

A taxista Kátia Alves de Oliveira estava desempregada e precisava de um trabalho para conseguir manter a casa onde vive com seus dois filhos e a mãe, já idosa. Foi quando ela teve a ideia de tirar uma licença de táxi. “Procurei uma frota de táxi da cidade e perguntei o que eu teria que fazer para conseguir uma chance. Fui orientada e agora eu tenho um emprego. Trabalho nos turnos da manhã e da tarde, horários que considero menos perigosos, mas dirijo da mesma forma que um homem. Quando os passageiros entram no táxi, eles estranham por um breve momento, mas logo percebem que uma mulher também pode executar essa função. O que não pode existir é preconceito”, finalizou.

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