sexta-feira, 5 de maio de 2017

Prefeito de Belford Roxo faz fiscalização em escolas e diz que cortará salário de grevistas



Depois de mais de uma semana de greve dos servidores na cidade, o prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, resolveu endurecer o tom com os profissionais da Educação. Ele começou ontem uma espécie de “blitz” nos colégios municipais para checar como anda a paralisação e ameaçou cortar o salário de quem não está indo trabalhar, já na próxima folha de pagamento. Além disso, Waguinho vai acionar a Justiça para declarar a greve ilegal.

Por que vou pagar salário para quem não está indo trabalhar? Os salários atrasados já foram pagos e o 13º começou a ser quitado em agosto. Os salários deste ano estão em dia. Não há motivo para greve — argumenta Waguinho, que vai continuar fazendo visitas- surpresa.

Na Escola Municipal de Educação Especial Albert Sabin, na Nova Piam, o prefeito foi informado de que 39 dos 45 professores aderiram à greve. Enquanto isso, só 500 dos quase mil alunos estão com aulas regulares.


A prefeitura acredita que mil dos 3 mil professores da rede estão em greve. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) em Belford Roxo informou que a adesão é de 50%. Maria José Carvalho, uma das diretoras do Sepe, informou que hoje haverá nova assembleia para decidir os próximos passsos.

— A prefeitura não pagou nossas férias. Temos também pelo menos umas 300 pessoas com salário de novembro em atraso. Nós queremos a regularização dos atrasados e a revogação do pacote de medidas que acabou com benefícios. O prefeito não é juiz para dizer que nossa greve não é legal — critica Maria José.


MP pede perda de mandato do vice-prefeito

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entrou com uma ação pedindo que a Justiça considere inconstitucional uma lei aprovada pela Câmara dos Vereadores de Belford Roxo, em dezembro do ano passado, que deu um prazo de dois anos para que o vice-prefeito assuma o mandato na cidade. Segundo o MP, a nova lei foi feita com o objetivo de beneficiar o deputado estadual Márcio Canella, eleito vice-prefeito na chapa de Waguinho. Caso a Justiça aceite a denúncia, Canella deverá perder o direito de assumir a vice-prefeitura.

O Ministério Público usa como argumento a própria Constituição Federal, além de leis das cidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, que estabelecem a posse do vice-prefeito em até dez dias. O texto do órgão expõe ainda que os vereadores de Belford Roxo aprovaram a lei sob o argumento de que a cidade perderia representatividade na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), já que ficaria sem Waguinho, que antes de assumir a prefeitura tinha mandato de deputado estadual, e sem Canella, na mesma situação.

O MP pede para que a Prefeitura e a Câmara de Belford Roxo se manifestem no processo; entretanto, os dois órgãos informaram que ainda não foram notificados.

Fonte Extra











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