quinta-feira, 8 de junho de 2017

Hospital do Câncer de Muriaé participa de debate na Câmara dos Deputados sobre desafios para o combate a doença

 Ricardo Barros, ministro da saúde (à esquerda) ao lado de Sérgio Henriques, diretor administrativo FCV
A Fundação Cristiano Varella foi representada, através de seu diretor administrativo, Sérgio Dias Henriques, nesta terça-feira (06), em um debate realizado no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília/DF. Ocasião em que foram apontados assuntos relacionados aos desafios enfrentados no país para o combate ao câncer. Prevenção, diagnóstico, acesso ao tratamento e o financiamento foram alguns dos itens abordados. A proposta do debate foi uma iniciativa do deputado Caio Narcio (PSDB/MG), que já perdeu familiares para a doença.

Sérgio Dias Henriques, diretor administrativo do Hospital do Câncer de Muriaé da Fundação Cristiano Varella durante seu discurso apontou algumas dificuldades enfrentadas pelos pacientes que sofrem com o câncer ao procurar tratamento para doença nos hospitais Brasil afora. Sérgio destacou a cruel corrida contra o tempo que é questão de vida ou morte para essas pessoas. Também lembrou as longas filas encontradas por esses pacientes para conseguir acesso a exames, biópsias, cirurgias, quimioterapia, radioterapia e outros. Ele aproveitou ainda o espaço para relatar que o sistema padece com recursos obsoletos e tabelas de preços que não são reajustadas há mais de dez anos.
Sérgio Henriques, diretor administrativo FCV dircusando no plenário da Câmara dos Deputados
“Como discutir a incorporação de novas tecnologias nesse cenário? O tratamento avança, com novas tecnologias e maiores chances de cura, mas ainda atrelados a custos astronômicos, o que faz com que muitas vezes o acesso ocorra por determinação judicial”, afirmou Sérgio.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, que estava presente no debate admitiu que o Brasil não dispõe de recursos para dar tratamento para todos os brasileiros como deveria. Segundo ele, as novas tecnologias e os tratamentos individualizados são muito caros, mas ressaltou que o país tem buscado outros caminhos, seja pelo investimento em prevenção ou pelo barateamento da produção de medicamentos.

“Economizamos R$ 3,2 bilhões neste primeiro ano de gestão, praticamente reduzindo preço de medicamento. Quanto mais barato, mais acesso damos às pessoas. Precisamos resistir à pressão da indústria farmacêutica em descontinuar a produção de medicamentos baratos”, disse o ministro.

Números do câncer no Brasil

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2016 e 2017, aproximadamente 600 mil pessoas desenvolverão algum tipo de câncer no Brasil, dos quais cerca de 180 mil serão de pele, 61 mil de próstata e 58 mil de mama. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é responsável por uma em cada seis mortes no mundo.

Ainda de acordo com a OMS, no mundo a cada ano, 8,8 milhões de pessoas morrem de câncer. O principal problema, segundo a entidade, é a demora no diagnóstico da doença. Por isso, a OMS afirma que é necessário investir em equipamentos médicos, no fortalecimento dos serviços de saúde e no treinamento de profissionais da saúde para que eles possam realizar diagnósticos apurados rapidamente.

Além disso, também é preciso garantir que as pessoas vivendo com câncer tenham acesso a tratamento seguro e efetivo. Os diagnósticos precoces, ressalta o Inca, podem aumentar a possibilidade de cura para alguns cânceres e reduzir a morbidade resultante da doença e de seu tratamento.

Fonte: Câmara dos Deputados/INCA

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